Vou ser
direto: sou desfavorável ao uso de drogas. E inclua na lista o
álcool e o cigarro “comum”. Por quê? Há uma lógica simples
que deveria ser observado por todas as pessoas: aquilo que me
prejudica ou os meus parentes ou ainda os meus amigos não deveria
fazer parte de meu hábito! Muitos vão afirmar categoricamente: “Mas
eu bebo socialmente e não interfiro na vida de ninguém!” Certo!?
Talvez! Nada que se faça fica impune da comunicação... Tudo que se
faz também se transforma em mensagem. Então a comunicação é a
vilã? Não creio, mas ela comunica... Mesmo que qualquer pessoa não
deseje sempre haverá algum tipo de comunicação, de mensagem, de
informação. Observem esta reportagem: “O aval aos policiais
militares no campus, no entanto, não é homogêneo. Tem ampla
maioria em exatas (77% a favor) e biológicas (76%), mas é
minoritário em humanas (40% a favor e 54% contra). Na FFLCH
(Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) - onde a
detenção de três estudantes com maconha serviu como estopim das
manifestações-, 70% dos alunos são contrários”. Não é preciso
ser um gênio de sociologia ou estatística para perceber o que se
pretende com esta notícia, ou o que ela comunica. Querem ver... o
que se entende por ciências exatas? Engenharias. E por ciências
biológicas? Medicina. E por ciências humanas? Filosofia. Claro que
estou simplificando de propósito as afirmações, porém não perdem
a validade lógica, nem científica. E sim outros cursos também se
enquadram nestas três áreas. Mas o intuito é mostrar uma informação
simples passada nesta pesquisa, e não é somente culpa de quem
realizou a pesquisa, a verdade estatística esta ai e trata-se de
resposta a pesquisa, os alunos das ciências humanas são os tais
consumidores da droga! Como se fala repetidamente: “para um bom
entender meia palavra basta”. A pesquisa abrange o estudo da
resistência a presença militar no local! Certo? Sim, mas num certo
momento informa que os alunos pegos com a droga são do grupo CH.
Portanto! A sociedade, e entenda como nós (todos), vai entender que
os alunos de CH não desejam a presença da policia por que
obviamente são usuários da droga e serão “pegos” outras vezes
com posse do produto. A sociedade vai entender que são os alunos dos
cursos de CH os maiores consumidores, embora obviamente tal fato não
isente a possibilidade de outros consumidores, das áreas CB e CE.
Olhe que a nuance de separação dos cursos inclinam para uma
dimensão maior: quem são os alunos de engenharia e medicina? E quem
são os alunos da área de Filosofia? Quais os cursos mais
valorizados? E os menos? Como bons críticos concordamos que
poderíamos reclamar da forma em que a pesquisa foi realizada.
Sabemos que há como se fazer manipulação de número de pesquisa,
as eleições nos ensinaram bastante sobre isto, mas não podemos
refutar os números apresentados sem análise profunda do método e
da base dos dados pesquisados. E para fazer isto seria necessária
outra pesquisa (com os custos iguais ou superiores a pesquisa
anterior). Alguém se habilita? O se pretende mostrar aqui é que o
pré-julgamento e julgamento ocorrem e de maneira significativa
quando órgãos de notícias exalam informações e notícias como
estas. E ninguém está livre, nem mesmo o cidadão mais escondido da
sociedade. Embora as pesquisas sejam elaboradas com o intuito de
abranger uma amostra de qualidade e que referencia a opinião e
pensamento da maioria, poderá ocorrer falhas na coleta dos dados
estatísticos: falhas naturais e propositais. E, sim, se estas falhas
forem propositais prejudicam a sociedade, pois deturpam a democracia
“vendendo”, de forma discriminatória, mensagens direcionadas.
Não estou dizendo com isto que a notícia e pesquisa acima citadas
estão distorcidas. Mas ela influenciou e influenciará o pensamento
de todos que lerem sem criticar o seu intento. Esta discussão não é
completa, nem pretende ser, muitas outras facetas poderiam se
apresentar ao analisarmos, mas o objetivo deste BLOG não é
apresentar uma contestação longa. Toda mensagem, inclusive esta, é
imbuída de informações que são apegadas ao seu emissor, portanto
carregadas de ideias pré-concebidas. Até mais ver... Observação: querem saber porquê disse que sou desfavorável a drogas, logo no início? Certamente seria julgado como defensor do uso se não o fizesse.
-------------------- Crítica a conceitos e a busca da lógica nas informações... Crítica aos atos políticos / Notícias políticas incoerentes, fora da lógica e que destroem a democracia do Brasil!
Quem sou eu
- Marcos Moreira
- Casado, Teólogo, Geógrafo, Especialização em Gestão de Negócios e Filósofo, crítico de pesquisa, moro na Bahia, gosto de artes visuais e esportes radicais.
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