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Casado, Teólogo, Geógrafo, Especialização em Gestão de Negócios e Filósofo, crítico de pesquisa, moro na Bahia, gosto de artes visuais e esportes radicais.

domingo, 13 de novembro de 2011

O julgamento e pré-julgamento... O que pensa a sociedade diante de certas informações?


Vou ser direto: sou desfavorável ao uso de drogas. E inclua na lista o álcool e o cigarro “comum”. Por quê? Há uma lógica simples que deveria ser observado por todas as pessoas: aquilo que me prejudica ou os meus parentes ou ainda os meus amigos não deveria fazer parte de meu hábito! Muitos vão afirmar categoricamente: “Mas eu bebo socialmente e não interfiro na vida de ninguém!” Certo!? Talvez! Nada que se faça fica impune da comunicação... Tudo que se faz também se transforma em mensagem. Então a comunicação é a vilã? Não creio, mas ela comunica... Mesmo que qualquer pessoa não deseje sempre haverá algum tipo de comunicação, de mensagem, de informação. Observem esta reportagem: “O aval aos policiais militares no campus, no entanto, não é homogêneo. Tem ampla maioria em exatas (77% a favor) e biológicas (76%), mas é minoritário em humanas (40% a favor e 54% contra). Na FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) - onde a detenção de três estudantes com maconha serviu como estopim das manifestações-, 70% dos alunos são contrários”. Não é preciso ser um gênio de sociologia ou estatística para perceber o que se pretende com esta notícia, ou o que ela comunica. Querem ver... o que se entende por ciências exatas? Engenharias. E por ciências biológicas? Medicina. E por ciências humanas? Filosofia. Claro que estou simplificando de propósito as afirmações, porém não perdem a validade lógica, nem científica. E sim outros cursos também se enquadram nestas três áreas. Mas o intuito é mostrar uma informação simples passada nesta pesquisa, e não é somente culpa de quem realizou a pesquisa, a verdade estatística esta ai e trata-se de resposta a pesquisa, os alunos das ciências humanas são os tais consumidores da droga! Como se fala repetidamente: “para um bom entender meia palavra basta”. A pesquisa abrange o estudo da resistência a presença militar no local! Certo? Sim, mas num certo momento informa que os alunos pegos com a droga são do grupo CH. Portanto! A sociedade, e entenda como nós (todos), vai entender que os alunos de CH não desejam a presença da policia por que obviamente são usuários da droga e serão “pegos” outras vezes com posse do produto. A sociedade vai entender que são os alunos dos cursos de CH os maiores consumidores, embora obviamente tal fato não isente a possibilidade de outros consumidores, das áreas CB e CE. Olhe que a nuance de separação dos cursos inclinam para uma dimensão maior: quem são os alunos de engenharia e medicina? E quem são os alunos da área de Filosofia? Quais os cursos mais valorizados? E os menos? Como bons críticos concordamos que poderíamos reclamar da forma em que a pesquisa foi realizada. Sabemos que há como se fazer manipulação de número de pesquisa, as eleições nos ensinaram bastante sobre isto, mas não podemos refutar os números apresentados sem análise profunda do método e da base dos dados pesquisados. E para fazer isto seria necessária outra pesquisa (com os custos iguais ou superiores a pesquisa anterior). Alguém se habilita? O se pretende mostrar aqui é que o pré-julgamento e julgamento ocorrem e de maneira significativa quando órgãos de notícias exalam informações e notícias como estas. E ninguém está livre, nem mesmo o cidadão mais escondido da sociedade. Embora as pesquisas sejam elaboradas com o intuito de abranger uma amostra de qualidade e que referencia a opinião e pensamento da maioria, poderá ocorrer falhas na coleta dos dados estatísticos: falhas naturais e propositais. E, sim, se estas falhas forem propositais prejudicam a sociedade, pois deturpam a democracia “vendendo”, de forma discriminatória, mensagens direcionadas. Não estou dizendo com isto que a notícia e pesquisa acima citadas estão distorcidas. Mas ela influenciou e influenciará o pensamento de todos que lerem sem criticar o seu intento. Esta discussão não é completa, nem pretende ser, muitas outras facetas poderiam se apresentar ao analisarmos, mas o objetivo deste BLOG não é apresentar uma contestação longa. Toda mensagem, inclusive esta, é imbuída de informações que são apegadas ao seu emissor, portanto carregadas de ideias pré-concebidas. Até mais ver... Observação: querem saber porquê disse que sou desfavorável a drogas, logo no início? Certamente seria julgado como defensor do uso se não o fizesse. 

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