“... A
cada dia meu conhecimento parece mais limitado. Assim, os cientistas
tiveram de recorrer à outra tática diante da selva de dados:
ignorá-la em grande parte. O que não chega a surpreender. Embora
fundamental, com certeza, não é o conhecimento abrangente que faz o
cientista, mas sim a ignorância. Por absurdo que
pareça, os fatos, para esse profissional, não representam mais que
um ponto de partida. Afinal, conforme uma observação sarcástica do
dramaturgo George Bernard Shaw, num brinde a Einstein, a cada nova
descoberta científica, surgem dez novas perguntas.” por Stuart
Firestein;
http://www2.uol.com.br/sciam/artigos/o_que_a_ciencia_deseja_saber.html
Costumam
dizer que “perolas” são palavras ou respostas “loucas”
emitidas por pessoas incautas. Mas o texto acima (grifo meu) ,que
denominaria como “perola” somente confirma a minha forma de
pensar sobre o conhecimento científico, ou seja, sempre há muito
mais a aprender do que conhecimento confirmado. Como sempre afirmo os
instrumentos não são capazes de medir adequadamente e com a
precisão merecida os fatos que se apresentam diante de nós – as
“réguas falham”. Daí se observa a ignorância como foi dito
acima. IGNORÂNCIA é o estado de quem ignora. Somos
ignorantes em muitas coisas. E não há vergonha em não saber tudo,
pois é impossível ao homem saber tudo.
Estando
ha alguns dias sem postar críticas ao mundo científico retorno...
Mas vou iniciar com um foco mais Teológico nos meus textos, para que
possa também ser criticado com a mesma voracidade que aprecio os
artigos dos outros. Não tenho medo disto.
É
frequente a comparação que tenho feito quanto ao conhecimento
científico (ou o desconhecimento) e a fé cristã, isto é, se os
cientistas alegam que cremos, sem “provas” num Deus Onipresente,
Onipotente e Onisciente. Da mesma forma vejo nos artigos científicos:
dizeres, informações e “fatos” que carecem, e muito, de
melhores embasamentos para que possamos corroborar com as informações
ali citadas. Eles (cientistas) dizem que nós (cristãos) não
deveríamos comentar o trabalho deles, mas frequentemente interferem
em nossa crença nos denominam de “fanáticos”, “loucos”,
“ignorantes”, e outros adjetivos pejorativos. Vou voltar “para
minha praia”, mas não se iludam os criticados e críticos, outros
artigos epistemológicos sobre as “descobertas” cientificas serão
ainda postados.
Qual é o
pensamento cristão sobre a fé? Por que acreditar num ser que não
se vê nem se toca? O que poderíamos apresentar como prova da
existência de Deus? O que nós cristãos poderíamos mostrar para os
cientistas para que eles, na sua ignorância, pudessem entender que a
existência de Deus é inquestionável e logicamente válida? E podem
ter certeza que muitos outros questionamentos ocupam o mesmo espaço
no pensamento teológico e epistemológico. A pergunta mais clássica
é como surgiu o universo? Há uma frase muito interessante “o que
move o homem não são as respostas e sim as perguntas...”. Não é
portanto a certeza e sim a ignorância que nos move. Mas implica
afirmar que não há provas da existência de Deus? Devemos
simplesmente acreditar? Não existe nenhum problema se as pessoas
acreditarem em Deus mesmo que não tenham estas respostas. Mas a
coerência da fé de um cristão não é baseada na ignorância (o
estado de quem ignora) mas nos fatos observados e nos sentimentos que
se encontram no interior de cada um. O Deus que não se vê é
relatado em diversas culturas, e também na cristã como um ser como
qual pessoas no passado e no presente já tiveram contato. A história
prova a sua existência pelos relatos humanos os mais diversos e que
se complementam. Não é diferente das inferências cientificas.
Inferimos que, havendo tantos relatos sobre um ser superior, há de
ter verdade neste relatos. É simples. Mas não é somente isto que
afirma a existência de Deus! A própria existência do homem, a sua
estrutura mental, seu pensamento, a sua lógica, o conhecimento nato,
as obras produzidas, as ideias, as descobertas, etc. tudo confirma
que não é o caos que governa o universo mas sim um ser coerente e
inteligente. E esta coerência e inteligencia transcendeu e alcançou
a nós seres humanos por que Deus disse “Façamos... a nossa imagem
e semelhança...”. Deus está em todos os homens, mesmo naqueles
que dizem serem ateus e nos que não merecem sua presença por
praticarem o mal. A diferença, falo na visão espiritual, é a
presença maior ou menor de Deus na vida de cada um. A ideia do
designe inteligente não é nova, Quando Sócrates afirmava que as
coisas no mundo físico refletiam a estruturas pré-existentes do
mundo espiritual, ele reconhecia a necessidade de existência deste
reino. Ora este reino espiritual tem forma na cristandade. E para
este reino há um Rei, um governante, um ser superior que governa e
define as leis do universo. Acreditar que o universo veio de um
acidente de ordenança do caos é utilizar de fé numa dimensão
“superior” a fé cristã. Pois não existem provas cabais para
tal afirmação. Por outro lado afirmar a existência de Deus e seu
poder para criar é simplesmente observar que de fato há logica no
conceito da origem das coisas de forma ordenada e definida. Basta
olhar o universo e perceber que para tudo há uma razão de ser. Não
foi o caos que criou tudo, pois continuaria havendo caos. Mas foi a
ordem (de Deus) que definiu onde cada elemento se encaixaria. É
muito mais aceitável considerar o conceito de existência de Deus e
do designe inteligente do que prospectar ideias soltas e incoerentes
num mar profundo de analogias realizadas segundo o pensamento humano.
Pensamentos estes que ao buscar a criação fora do criador esbarra
na variabilidade imensa de caminhos errôneos, pois cada um elabora
uma origem segundo suas ideias humanas e obviamente sem provas. Como
acreditar nestes conceitos? Prefiro arriscar na fonte da verdade:
Deus! Continuaremos esta discussão em outro artigo...
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