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Casado, Teólogo, Geógrafo, Especialização em Gestão de Negócios e Filósofo, crítico de pesquisa, moro na Bahia, gosto de artes visuais e esportes radicais.

terça-feira, 29 de março de 2011

O Dinossauro dentuço!

 
 
A notícia é: "O Tiarajudens eccentricus foi um dos primeiros animais a ter uma boca na qual os dentes de cima se encaixam com os debaixo..." encontra-se no site: http://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/noticias/dinossauro-herbivoro-com-dentes-de-sabre-viveu-no-rs-20110325.html. 
 
Admiro a criatividade dos cientistas e dos artistas que criam as imagens de dinossauro de apenas alguns ossos. Neste caso específico a partir de alguns ossos da face do animal. Como tenho o hábito de assistir CSI (sei que eles fantasiam bastante, mas os métodos são parcialmente aceitos), quando posso, fico pensando como se chega a um corpo e hábitos de um ser que viveu, segundo estes mesmos cientistas, a 260 milhões de anos e se descobre que eles amedrontavam seus predadores, que não foram citados, com aquelas presas. 
 
 
 
Um adendo de informação é o fato de que eles são herbívoros, de acordo com a pesquisa, portanto não deveriam ter este tipo de dentição, segundo a teoria da evolução (Eu discordo da teoria, mas a lógica dela não está sendo usada nesta pesquisa paleontológica). 
A descoberta do ser é muito importante para a paleontologia do Brasil e o seu estudo minucioso ainda mais porém se observarem meus comentários anteriores vão perceber que minha crítica está baseada na precocidade de emissão de informações sobre um ser que “viveu” a 260 milhões de anos atrás. Animal do qual ninguém registrou foto, não foram colhidas outras ossadas de animais que poderiam corroborar com as afirmações da pesquisa e reportagem, e mesmo assim a informação foi divulgada como uma certeza científica! 
Quem lê a matéria fica pensando se deveria ter ou não medo do animal, visto que apesar de dizerem que ele é herbívoro, seus dentes são enormes e têm aparência de perigoso. Acredito que está pesquisa deverá se munir de maiores informações para ser divulgada com mais propriedade e gostaria de saber se utilizaram e qual foi o método de datação para esta ossada.
 
A propósito estas imagens não são do Tiarajudens... E ele não é um dinossauro!
 

2 comentários:

  1. Marcos, Tudo bem?

    Confesso que, da sua parte, detectei nesse artigo muita falta de informação. Isso porque a incongruencia da matéria do Tiarajudens não está na pesquisa do fossil mas sim na mídia, na forma que o achado foi divulgado.

    1 - O Tiarajudens em primeiro lugar não foi um dinossauro, mas sim um terapsida, que é algo totalmente diferente.

    2 - O fato é que animais da família do Tiarajudens já eram conhecidos - e datados - antes pelos cientistas. Trata-se dos anomodontes, cujos fósseis existem aos montes. Pelo crânio (cuja foto pode-se ver na Web) constatou que o animal foi um anomodontídeo; consequentemente o corpo (que era quase padrão nas espécies dessa família) foi reconstruído pelo fato do animal pertencer a essa família. A mesma lógica é muito usada na Paleontologia, e quase sempre a técnica se mostra correta, como é o caso do terópode Therizinosaurus. É claro que com apenas dentes fica difícil se definir o dono deles... porém no caso do Tiarajudens temos um crânio quase completo...

    3 - Somente as presas do Tiarajudens eram longas, no entanto os demais dentes do animal eram sim de herbívoro. O mesmo impasse acontece com o Uintatherium, um ruminante extinto com dentes de sabre, e também com todos os terapsidas da família dicynodontia.

    4 - Portanto, a divulgação do achado é que não foi bem feita. As informações que coloquei, por exemplo, poderiam esclarecer muita coisa.


    - Os terapsidas são "elos perdidos" entre répteis e mamíferos segundo a evolução. O que não entendo é por que existem tão poucos argumentos contra os tais pelos criacionistas...

    Em breve colocarei no meu blog um estudo sério sobre esse tema, Sinapsidas X criacionismo. Se quiser eu envio pro seu e-mail o artigo quando finalizar.

    Paz do Senhor

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  2. Paz, primeiro agradecer seu comentário. Foi uma aula de paleontologia muito boa. Não sou paleontólogo, por este motivo comento sobre minhas limitações quando percebo necessidade. Mas observe que minhas críticas não foram simplesmente pela classificação do esqueleto do animal, ou melhor, pela parte do esqueleto achado. Foi também pelos métodos utilizados. Não concordo que haja falta de informação, pois não é um texto de paleontologia e sim uma crítica de informação. Concordo que a autor da notícia cometeu erros (com certeza não entende de paleontologia). Mas o objetivo é criticar as informações e buscar a lógica do que está sendo divulgado. Neste cerne percebemos não somente neste fato mais em muito outros da área de paleontologia falhas na coleta de informações e aplicação de métodos comprobatórios. Veja que quando menciona as técnicas você diz as palavras que levam a dúvida: “quase sempre a técnica se mostra correta”, “fica difícil se definir”, “crânio quase completo”, “o mesmo impasse”. Respeito o teu conhecimento e sei que não chegou até este ponto sem esforço e muito estudo, mas as dúvidas devem ser enaltecidas como você fez e os cientistas nem sempre agem assim. Perceba que as ausências de informação são mais expressivas que as comprovações citadas. Os métodos de datação são criticados e discutidos por cientistas ainda hoje, portanto não é uma unanimidade. Não critico o trabalho realizado, mas o resultado obtido. O trabalho tem esforço de seres humanos e eu sempre os admiro. Mas os resultados advêm de falácias antigas que incorporam métodos viciados. Eu sei que pesquisadores distorcem dados em nome do resultado. Presenciei isto. E como se vê estes “elos perdidos” estão perdidos. Eu sou criacionista não concordo com estas afirmações, simplesmente porque nunca foram comprovadas. Até mesmo as famílias que você cita podem simplesmente não existir com esta variação, podem fazer parte de uma mesma espécie. Perceba que não há comprovações de que eram herbívoros! Mas se souber de algo mais que possa ajudar mencione é importante. Veja que no final do texto incentivo exatamente o que fez que me passasse informação para comentá-las. MUITO OBRIGADO pela intervenção, foi excelente. E sim claro que desejo ver o seu texto mande, por favor. Vou criticar! Se puder leia sobre Lourenço Adauto, achei interessante.

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