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Casado, Teólogo, Geógrafo, Especialização em Gestão de Negócios e Filósofo, crítico de pesquisa, moro na Bahia, gosto de artes visuais e esportes radicais.

terça-feira, 5 de abril de 2011

As vezes os cientistas parecem embriagados! Com os resultados de suas pesquisas...


Primeiro o caminho da reportagem criticada, sempre lembrando que não critico o repórter nem a notícia em si, mas o seu conteúdo científico.
 São estudos esquisitos e que usam a velha técnica da estatística para ludibriar os leitores de uma pesquisa. Vamos aos fatos. Resolvi fazer alguns cálculos paralelos e descobri que 5% pode ser considerado um erro estatístico aceitável, ou seja, não importa muito e não é prova cientifica válida uma variação no consumo de álcool de 5% numa população tão grande! Outro ponto que deve ser profundamente pensado é: o fator predisposição a consumo de álcool não e o único a interferir na quantidade consumida! Sabemos que os fatores sociais influenciam e muito mais significativamente que a predisposição de cada indivíduo. Eles não mencionaram na reportagem quantos indivíduos apresentaram a redução no consumo de álcool, que indicaria a população de pessoas que tem o gene AUTS2. O incrível nesta “descoberta” é o fato de o gene estar vinculado a questões de autismo. Com este tipo de pesquisa certamente, quem tiver este gene vai ter problema de emprego, pois as empresas vão achar primeiro que a pessoa sofre de autismo (que dizem que é um distúrbio, eu discordo) e os demais vão ser acusados de propensos alcoólatras. Eis um problema. Gostei quando eles afirmaram que não se sabe exatamente o que o gene significa, me alegra ver cientistas humildes que declaram a sua falta de entendimento perfeito dos mecanismos biológicos a estes eu declaro o meu respeito e alegria por falarem algumas verdades. Falam também que outros fatores influenciam no consumo de álcool. Mas desejando reforçar sua pesquisa valorizam demais os resultados da pesquisa genética. Não concordo com eles. Cruzando dados desta pesquisa com outras trabalhadas com os fatores sociais, perceberemos que os últimos fatores são muito mais intensos. Um autor chega a dizer que “...o álcool então é um fator de socialização, “ quando versa sobre o uso deste por jovens. Os jovens vitimas do consumo desmedido são levados ao consumo muito mais por fatores sociais do que pela predisposição genética indubitavelmente. Para não parecer um velho rabugento comento que as pesquisa são sempre boas, mas os resultados, se não contribuírem adequadamente para o sucesso de seu trabalho acadêmico, devem ser comentados com a derrota dos números, mas a vitória da descoberta. Eles poderiam dizer que "o motivo genético não é tão importante, mas foi útil nossa pesquisa para definir de forma profunda e válida que outros fatores devem ser estudados com maior profundidade". Esta ideia de defender a pesquisa para que ela pareça mais importante do que é, com receio de perder recursos, não tem gerado bons frutos na área acadêmica e científica. Lembro de uma pesquisa que foi afoitadamente anunciada: “a descoberta da energia de fusão nuclear a frio”. Logo que outros laboratórios descobriram que não estava correto, foi um fiasco. Sei que não é fácil convencer as empresas a investir em pesquisa e por este motivo os estudantes e cientistas floreiam tanto os resultados, mas precisamos mudar estes conceitos de um e dos outros. Continuemos pesquisando, mas com ética e muito cuidado.

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