O que é
inteligência? A palavra tem origem no Latin intelligentia
Segundo o Houaiss nos conceitos básicos é: 1) “faculdade de
conhecer, compreender e aprender” e 2) “conjunto de funções
psíquicas e psicofisiológicas que contribuem para o conhecimento,
para a compreensão da natureza das coisas e do significado dos
fatos”. E no Michaellis temos: 1)
“Faculdade de entender, pensar, raciocinar e interpretar;
entendimento, intelecto.” 2)
“Compreensão, conhecimento profundo.” Os demais conceitos
tem vínculos com áreas especificas e denotam certa subjetividade,
ou seja, começam a inclinar para validar a área de pensamento a
qual pertencem (psicologia, etc). Há um equívoco muito grande no
meio de convivência humana que se apresenta no fato de se considerar
inteligente somente quem estuda ou apresenta um diploma, e neste
caso, não necessariamente diplomas universitários, mas certificados
e outros similares. Isto é um erro grandioso. O conceito de
inteligência, como está escrito logo no início, corrobora com
nosso pensamento de que a inteligência é igual para todos e diverge
não quantitativamente, mas qualitativamente, no que poderíamos
chamar de áreas de atuação. TODOS os seres humanos tem
inteligência. Não há diferença de um para o outro no que tange a
presença desta capacidade ou se preferir quantidade ou Quociente de
inteligência como já foi utilizado para medir em testes. Se houver
alguma diferença esta é mínima e poderia ser desconsiderada,
segundo os conceitos da estatística. E por que então os indivíduos
divergem tanto no desempenho de suas atividades? É uma excelente
pergunta cuja resposta corrobora com o fechamento deste conceito:
Cada um utiliza a inteligência para áreas de atuações diferentes.
E, obviamente, se destacam segundo o VALOR dado aquela área pela
sociedade. Basta uma breve viagem no tempo e perceberemos esta
verdade lógica. Se você ouvisse alguém tentando imitar um computar
a 150 anos atrás com suas somas binárias o chamaria de inteligente?
Duvido! Seria tido como louco e pessoa de “pouca” inteligência.
Quando os valores da sociedade inclinam para profissões mais
valorizadas, qualquer outra profissão buscada é depreciada e
desmerecida, e neste ponto falo nos dois sentidos: financeiro e
social. O conhecimento, base da inteligência, é adquirido por todos,
mesmos aqueles considerados “deficientes” e neste campo temos as
maiores surpresas. Pessoas que são inseridas em diversas áreas e
exercem, ainda que limitados a problemas físicos, de forma normal,
aquilo que lhes foi proposto. Se os testes de QI fossem feitos
segundo a área de atuação do indivíduo perceberíamos que os
resultados seriam bastante divergente dos conceitos que balizaram tal
procedimento. Por isso tem sido abandonado dando lugar a outros
quocientes diversos, entre os quais a ideia de inteligência
emocional. Há autores (Howard Gardner) que a subdivide:
lógico-matemática, linguística, pictórica-espacial, concreta,
cinético-corporal e musical. Certamente outros inseririam outros
pontos e mesmo assim estariam incompletos. O ser humano não é
somente isto acima citado. Como diversos cientistas buscam, existem
outras dimensões do conhecimento que não foram ainda abarcados nos
estudos de maneira completa e profunda o suficiente. Quando um
agricultor realiza seu trabalho ele utiliza a sua inteligência para
aquilo que é necessário a sua função: se utiliza toda ou em parte
é uma questão de necessidade, mas ele tem TODA a inteligência que
precisa para fazer outras coisas. Mas o seu interesse de atuação o
faz focar sua inteligência naquilo que se acostumou a fazer. O
pesquisador de laboratório faz o mesmo... e utiliza de tudo que
precisa para apresentar os resultados de sua pesquisa, o fato de
acharem que saberia mais que um agricultor é uma falacia, pois o
mesmo poderiam não se adequar a rotina e conhecimento que o
agricultor tem. E não falamos aqui da simples rotina de colocar uma
planta num buraco no solo. Ser agricultor não é somente isto!
Certamente se colocássemos o agricultor na função do pesquisador,
considerando ainda sua pesquisa específica, claro que o mesmo teria
dificuldades, assim como o pesquisador as teria no campo. ÁREAS
diferentes de atuação da inteligência. Cada um procurou se adaptar
ao melhor uso de sua inteligência segundo o meio que vivem, ou
caminho que trilharam. Mas se fossem invertidos os seus papeis da
infância ate a idade adulta: ambos se sairiam bem nas funções uns
dos outros, com diferenças conforme a aptidão de cada um, ou seja
aquele que se inclina mais para as atividades do campo teria melhor
desempenho na sua área e o inverso seria verdade. As INTELIGÊNCIAS
são as mesmas, ou tem o mesmo valor, mas áreas de atuação as
diferencia conforme a aptidão de cada indivíduo. Pensem nisto!
Coloquemos fim na ideia da discriminação das pessoas com o falso
conceito do “mais” inteligente ou do “menos”inteligente...
Isto não existe!
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